Policial reformado, o vereador Sérgio Santana (PR) não tem visto com bons olhos a política adotada pelo Governo do Estado de São Paulo frente aos trabalhadores da área de segurança pública, sobretudo quanto à negativa de reajuste salarial a esses profissionais.
Descumprindo a data estipulada para o dissídio coletivo (01/03), o governador Geraldo Alckmin ainda não apresentou qualquer proposta de recálculo dos vencimentos de agentes de segurança e policiais militares e civis. “As entidades representantes dessas categorias de trabalhadores foram informadas pelo Governo do Estado de que não haverá reajuste salarial neste ano. Ou seja, 0% de aumento”, ressalta, indignado, Sérgio Santana. E acrescenta: “O governo do Estado precisa devolver a dignidade desses grandes profissionais”.
Em seus pronunciamentos na Câmara de Santos, na 53ª e 58ª Sessões Ordinárias, em 14/09 e 01/10, respectivamente, Sérgio Santana tem exigido maior sensibilidade e rapidez no atendimento às necessidades da Secretaria de Segurança Pública do Estado e dos profissionais a ela subordinados. “É preciso que o governo paulista leve rapidamente a questão à Assembléia Legislativa para votação de novos valores salariais”.
De acordo com Sérgio Santana, a situação é alarmante. Segundo ele, policiais têm pedido ajuda à Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo – Regional Santos, que é presidida pelo próprio vereador. “Esses profissionais têm buscado cestas básicas conosco para poder dar o devido sustento às suas famílias”, declara o parlamentar.
Sérgio Santana conclui fazendo um alerta: “A partir do momento em que nos depararmos com policiais e agentes indignados, sentindo-se desvalorizados, a segurança de todos nós estará sendo afetada”.
Policiais militares em áreas privadas – Sérgio Santana chama a atenção também para a má utilização de policiais militares em serviço, contrariando inclusive o propósito desses profissionais. “Tenho insistido para que policiais militares não sejam destacados para trabalhar dentro de estádios de futebol, por exemplo. Isso não é função deles. Eles devem atuar no entorno somente”, esclarece. “Com policiais trabalhando dentro de estádios, o que temos são funcionários públicos prestando serviços para empresas privadas e prejudicando, desta forma, o efetivo em áreas públicas. Efetivo esse que já é insuficiente”, finaliza.
Texto: Alexandre Ramos