Centro de reabilitação é acusado de reduzir oferta de serviços e equipamentos
O vereador Sérgio Santana (PR) tem demonstrado preocupação quanto à saúde pública em Santos. Diante das numerosas queixas recentes de munícipes, insatisfeitos com uma suposta redução no atendimento oferecido pela Rede de Reabilitação Lucy Montoro, sobretudo quanto à oferta de próteses, o parlamentar prontamente encaminhou, em 13 de junho, o Requerimento 2878/2016 ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa, solicitando informações àquela prestadora.
O assunto ganhou ainda maior dimensão neste sábado (09/07), com o jornal A Tribuna veiculando que 5 das 9 prefeituras da Baixada Santista têm acusado a Rede Lucy Montoro de reduzir a oferta de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (cadeiras de rodas, muletas e afins) aos pacientes da rede pública da região. De acordo com as municipalidades, isso vem acontecendo desde outubro do ano passado.
“É uma situação que não pode ocorrer. Comuniquei o prefeito para que a Rede Lucy Montoro responda ao nosso questionamento. É preciso saber se a demanda de pacientes tem sido devidamente atendida, sem abusivos períodos de espera, tanto no que diz respeito a atendimento como à entrega de equipamentos”, ressalta Santana.
Tal diminuição nos serviços da prestadora estaria contrariando o acordo entre as esferas estadual e municipal, e segundo o qual, para o pleno funcionamento do referido centro de reabilitação, as prefeituras arcariam com o tratamento de reabilitação, enquanto que o governo estadual forneceria os equipamentos de locomoção, órteses e próteses.
Inaugurada pelo governo paulista em 2014, no bairro Aparecida, em Santos, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro é considerada referência na prestação de atendimento integral a pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. Os serviços deveriam incluir órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, tais como cadeiras de rodas feitas sob medida, muletas, cadeiras de banho, bengalas, entre outros itens necessários à autonomia dos pacientes. Com uma equipe composta por fisioterapeutas, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas e educadores físicos, o referido centro de reabilitação teria capacidade para oferecer até 3 mil atendimentos por mês.
Texto Alexandre Ramos
Foto Atribuna